A Balança Mental

Ecrito Por - fevereiro 27, 2018

Em meu trabalho deparei-me recentemente com um caso onde uma empresa acusa um determinado empregado de facilitar a saída de mercadorias, ocorre que a mesma empresa apresentou em seu processo vídeos de seu referido empregado "agindo de maneira suspeita" ao conversar com um cliente que saiu de uma determinada loja como carrinho cheio. Dito isto vale pensar, o que seria a expressão "agir de maneira suspeita" senão um preconceito? 

Em nenhum momento os vídeos mostram o empregado concorrer com tal ato de facilitação, porém é subjetivo aos olhos de quem vê se as ações do empregado foram de fato suspeitas ou não, assim sendo, vale ao juiz do caso colocar as melhores argumentações e "pré conceitos" em uma balança para decidir sobre o mérito da determinada ação.

Em virtude disso é necessário pensar que nossas ações sempre são analisadas de acordo com a subjetividade de quem vê e que, de acordo com as experiências vividas, o observador pesará suas ações para prejulgar-la como boa ou ruim. Tendo visto isso as ações e opiniões dos seres sempre devem ser relativizadas, ou seja, verificadas de acordo com as experiências vividas por eles, pois, a não ser que a conduta analisada refute os mais comuns e universais valores morais, o autor sempre terá em seu íntimo a razão (mesmo que errada) para o cometimento de determinado fato.

Ou seja, em nossa balança mental devemos pesar não só os valores morais da sociedade, mas também o íntimo das pessoas, para depois, e somente depois, decidirmos se determinada conduta merece nossa desaprovação ou não. 

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